custo de vida na Estônia

Custo de vida na Estônia: a experiência e orçamentos dos brasileiros morando no país

Como você já viu anteriormente neste post, o custo de vida na Estônia varia de acordo com a localidade, o tamanho da família e o estilo de vida dos moradores da casa.

Para saber como tudo isso entra nas contas do dia a dia, entrevistamos alguns brasileiros que moram na Estônia. Eles nos revelaram algumas de suas despesas mensais e comentaram alguns aspectos que fazem da Estônia o lugar perfeito para quem quer mais qualidade de vida, menos gastos e parte do salário sobrando para poupar ou aproveitar!  

Família de quatro pessoas

Dyego, a esposa Raquel e os filhos Isabella e Nicola moram na Estônia há três anos

Dyego Alexandre Eugenio, site reliability engineer, chegou à Estônia há quatro anos, e logo foi seguido pela esposa, Raquel Nievas, dona do salão de beleza Brazil Concept, e dos filhos adolescentes Isabella e Nicola. Uma das coisas que ele destaca sobre a vida na Estônia é o poder de compra. “Sinto que é muito maior aqui do que no Brasil. Para ter o mesmo padrão de vida que levo aqui, eu deveria ganhar bem mais no Brasil”, afirma.

A própria sociedade estoniana, segundo Dyego, contribuiu para mudar o perfil de consumo da família. “O brasileiro tem uma mentalidade mais consumista. Ele busca ter o melhor carro, a melhor casa, a melhor roupa. Aqui na Estônia as pessoas não ligam para o seu carro e como você se veste”.

Para ele, manter um carro não é uma necessidade na Estônia. “O transporte público funciona bem, é gratuito, de qualidade e as distâncias são curtas. Sem falar nas alternativas de mobilidade, como scooters, bicicletas e carros compartilhados”, destaca.

Foto: Arquivo Pessoal

Na hora de colocar os filhos na escola, a opção foi pela educação pública, que é gratuita. “A qualidade da escola pública é superior à de muitos colégios particulares. No entanto, existe a barreira do idioma, já que o ensino é todo feito em estoniano. Muitos pais que vêm do exterior preferem colocar os filhos em colégio internacional, com aulas em inglês, mas no nosso caso isso não caberia no orçamento”, comenta Dyego.

Outro gasto que a família deixou de ter ao mudar para a Estônia foi com saúde, já que o sistema é gratuito. “A qualidade da saúde pública é ótima e dispensa a necessidade de plano de saúde”.

A segurança também é um fator importante para uma vida mais econômica no país. “Podemos fazer as coisas normais do dia a dia, como andar nas ruas tarde da noite ou deixar nossos filhos irem ao shopping com os amigos. A paz que sentimos aqui nenhum dinheiro pode comprar”.

Os gastos da família do Dyego


Morando sozinho

O desenvolvedor de software Gustavo*, mora sozinho na Estônia há três anos. Para ele, não há muitas diferenças nos gastos de alimentação e aluguel em comparação com o Brasil. No entanto, ele conta que sempre sobra dinheiro para poupar, viajar ou gastar com diversão.

E é do tempo livre bem aproveitado que ele gosta de falar. “Sinto mais segurança na Estônia para executar atividades noturnas e ao ar livre quando bem entender. Pratico todos os tipos de esporte que gosto, de futebol a surf. Tenho mais oportunidades de viajar para outros países a valores justos e interagir com pessoas de culturas distintas”, comenta.

Para o transporte do dia a dia, nada de carro. “Não preciso de um automóvel para me locomover. No entanto, quando um carro é necessário, basta alugar em uma empresa ou em um aplicativo”.

Os gastos do Gustavo

*Por motivo de privacidade, o nome foi trocado a pedido do entrevistado.


Casal sem filhos

Há quatro anos na Estônia, a moderadora de conteúdo Patrícia* e o marido, Maurício*, Team Lead de atendimento ao cliente em uma startup, destacam os impostos como um dos grandes diferenciais da Estônia. “No Brasil há muitas taxas, cada uma com um imposto diferente. Mesmo se tiver um salário maior no Brasil, você acaba gastando mais, uma vez que as contas são mais altas em comparação com a Estônia. Há taxas, por exemplo, que existem no Brasil e não existem na Estônia”, comenta Patrícia.

Na opinião do casal, os impostos pagos na Estônia são melhor investidos em benefício da população. “As estradas são boas e você nota a qualidade da educação, do transporte público e do sistema de saúde – embora eu considere os médicos e enfermeiros brasileiros melhores do que os estonianos. O fato de tudo isso ser gratuito faz os custos mensais despencarem. Fora isso, os demais gastos são baixos em comparação com outros países da Europa”, diz Patrícia.

Os gastos do casal

*Por motivo de privacidade, os nomes foram trocados a pedido do casal.


Casal sem filhos + um pet

Na casa da escalation specialist Fabiana* e do marido Fernando*, há um membro especial: Tofu, o gato. Juntos, eles vivem na Estônia há pouco mais de um ano e meio. Para eles, viver na Estônia é encontrar mais qualidade de vida. “Não apenas pelas coisas materiais a que temos acesso, mas aqui temos a segunda melhor educação da Europa, mais direitos trabalhistas (como a licença-maternidade de um ano e meio) e ruas mais seguras”, destaca Fabiana.

Para o casal, o custo de vida é menor do que no Brasil, já que não é necessário pagar por saúde e transporte e os impostos são menores. “A sensação que temos é de que o dinheiro rende bem mais e temos acesso a coisas que para nós seriam bem mais caras no Brasil”, comenta ela.

Até mesmo os gastos com o pet ficam em conta: “Nossos gastos mensais se resumem a ração, petiscos e areia. Mas aqui podemos comprar rações de primeira qualidade com preços bem mais acessíveis”.

Os gastos de Fabiana e Fernando

*Por motivo de privacidade, os nomes foram trocados a pedido do casal.


Casal com filho pequeno

O profissional de Tecnologia João* e sua esposa Mariana* vivem na Estônia há um ano, junto à pequena Júlia*, de 2 anos. Para eles, uma grande diferença no orçamento apareceu na alimentação.  “Sentimos uma mudança nos gastos do dia a dia. A alimentação no Brasil estava ficando extremamente cara, principalmente itens básicos como arroz, feijão, café, produtos de higiene, carnes, frutas”, comenta João.

Os custos de saúde também caíram, já que o sistema de saúde é público e gratuito. “No Brasil, os convênios médicos são mais caros e os medicamentos custam cerca de 60% a mais do que na Estônia”. 

Para João, o custo de vida na Estônia permite aproveitar melhor o salário e facilita a formação de uma poupança. “Sobra dinheiro no fim do mês. Com isso, nós conseguimos ter mais momentos de lazer e poupar pelo menos 10% do que recebemos”, comenta. “Além de tudo isso, temos mais qualidade de vida. Nos sentimos mais seguros, sem medo de assaltos, e temos muitas áreas verdes e várias opções de lazer gratuitas nos parques. Isso nos dá muita alegria”.

Os gastos da família do João

*Por motivos de privacidade, os nomes foram trocados a pedido da família


Como calcular o custo de vida na Estônia

Há diversas ferramentas online que permitem saber mais sobre o custo de vida na Estônia e simular quanto você gastaria para viver aqui. Entre eles, estão o Numbeo e Expatistan. Se sua ideia for comparar a Estônia com outros países, uma boa dica é o Índice do Custo de Vida. E, para saber qual seria o salário necessário para viver em Tallinn com base em seu custo de vida, você pode acessar esta calculadora.


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